Se a morte te assombra, ri na cara dela. Bem pior que a morte é a doença e seu rastro de seqüelas. Sem morte nenhuma a cura não faz a vida livrar-se do horror que marcas de não-morte nos corpos estabelecem. Corpos que, sem arte, mesmo vivos, morrem. Porque há tantas vidas mortas quanto corpos assustados com a vida e com a morte que entre eles pulsa. Corpos temerosos que nem bem vivem e mal conseguem morrer, corpos que não dançam, não gozam e não sonham não porque não querem, mas porque não se permitem. Morrer. Porque, assombrados, pulsam no repouso eterno de tudo o que vive.
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