segunda-feira, 2 de maio de 2011

Atrasado, mas sempre atual

Vontade de arte

No encontro que nos move

Decompondo azares

Com a sorte que estrelas nos trazem

Nesses dias que pensamos juntos

E nas noites a serem celebradas

Quando chegar o impossível

De não estarmos submersos

Nos livros que nos unem

Para inventar trabalhos

Em curso louco

De pesquisa, ensino e extensão.



Esse foi para o Leo, e o próximo foi em função da minha ida para sua banca de qualificação.

Universidade

Vim vestida para o espaço liso e fui barrada nos estriamentos do Campus da Saúde. Uma professora de tênis é suspeita, pronta para fazer ginástica pior ainda. “Só pode ir por fora”- disse o Guarda. Ao guardar o portão proíbe pedestres de atravessar uma Universidade que a priori é de todos e muito mais minha porque fui praticamente concebida nela, mas o tempo inteiro ela me ejeta, esteja eu a pé ou mesmo motorizada. Noutros dias no Campus Centro, acima dos mais doutos saltos na cápsula automóvel, empaco no fluxo trancado do trânsito que não transita e das vagas nunca vagas nas quais meu corpo deve sair carro e dele se despir com roupa para matar o desejo de ir e vir que esse modo de vida estanca.

Recusar o espaço sem perder o tempo de trabalhar ainda que obrigatoriamente expelida pela mesa que nunca consegui e pelas salas que necessariamente divido mas não tenho como me instalar. Ainda bem que recebo salário por esses enormes desconfortos.