sábado, 29 de novembro de 2008

mathemas pós e estruturais

Foucault pensava em sexo não genital, antes de morrer aidético. Barthes era gay, acabou atropelado. Deleuze nunca saiu do armário, se atirou do alto do prédio porque estava sufocando. Guattari extrapola generificações, seu coração falhou. Lacan escondia uma genitália feminina na sala da estar, morreu senil, com degeneração cerebral. Freud todo mundo sabe.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

ponto: ação

Toda interrogação é barroca?

As afirmações são clássicas.

Reticências... românticas....

Exclamações! Modernas!

e vírgulas, vírgulas, pós-hifenizadas, pós-estruturadas, problemáticas, pós-modernas, pós-críticas, pós-graduadas, pós, pós, pó,

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

sono em aula

O professor é o único corpo que definitivamente não pode dormir numa aula. Paradoxalmente, alunos que passam noites lendo e aulas dormindo tendem a acabar professores. Afinal, estudaram o dobro ou mais de quem fica desperto. Será a leitura mais efetiva do que as aulas? Assim, quem escreve ensina mais que um professor. O problema é que a educação crê que os livros demandam interpretações. Sem falar que a maior parte dos livros só chega ao estudante a partir das exigências do professor. E muitas vezes o que neles se apresenta só passa a ter sentido depois que o professor o explica. Serão os professores, meros intérpretes? Ou simplesmente aqueles que se obrigam a falar para conseguirem se manter acordados?

Sono
Nem todo café do mundo tira o sono dos meus olhos. As manhãs podem ser belas, mas há corpos crepusculares que nasceram para noite. Quando muito vivem sem penas as tardes, pois cedo elas apagam.

domingo, 16 de novembro de 2008

Guerreiro

que me cura

com sêmem

sem o qual

nada perdura

de um precioso

gen


Para o amor da minha vida,meu pão e minha comida, tormento e repouso há mais de dez mil noites.

inaptidões

Não poder voltar, nem desistir: o que acontece com quem segue adiante. Nova vida é o delírio dos que não tem filhos e pode mudar como quiser. Virar outra coisa já aconteceu com quem pariu. Perder a si mesmo é o destino de quem ama seus rebentos além dos laços uterinos. Filhos de todos os tipos, de leite, intelectuais, adotivos, sanguíneos, absorvem a vida, sempre a mesma, das mães. Fantasias são luxos para os quais este estado de coisas não tem recursos. Espaço para acolher todos é sonho num mundo cada vez mais confinado, onde os amores sufocam uns aos outros, as crianças existem para escravizar os pais e quem se coloca no lugar do outros vê a gravidade de cada desespero. Sem beijos, longos abraços, pratos feitos em casa, frutas bem lavadas, salada cuidadosamente preparada, roupa limpa passada, panos desencardidos e vassoura com pano úmido perfumado para levar embora o pó de todo dia nada fica leve. Isso não vai mudar nunca, esperar por outra vida só não tendo começado essa.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

por amor

Quem cede para não prejudicar o outro acaba se detonando. Mandar se explodir é pior, tamanho o ódio que vem junto. Ficamos acabados sempre. Fugir é causar ainda mais sofrimento. Melhor respirar fundo e seguir, mesmo aos pedaços. Misericórdia só existe em quem tem dó dos egoístas. Todo déspota é um fraco que não consegue fazer nada sozinho. Nesse mundo injusto, quem faz tudo para ajudar se rala. Quem desconhece má-vontade tem força, mesmo extremamente contrariado. Mas viver sendo sempre desrespeitado em sua vontade não dá. A única saída é ir embora para bem longe de quem não vê o lado dos outros. Para o lugar onde vive quem apenas quer estar junto e mais nada.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

o inegociável esgota

Querer morrer é precisar de descanso e não existir vislumbre deste.

interesse pela atividade

Só acontece quando aumenta a força de quem age.