domingo, 2 de novembro de 2008

estrela do mar

Acalmar aquilo que inquieta. O jorro do corpo, a ânsia que coloca para fora o mais tenro das peles. Cessar o desejo insaciável, baixar o facho, apaziguar quereres, deixar sem fome. Efeitos dos gélidos mares do norte. Fulgor tropical inesgotável perturba. Sensualidade pouco pode ser tolerada. Não apenas por mulheres que não conseguem múltiplos orgasmos ejaculatórios, mas por todo uma história triste que se fez para secar as fontes. Irradiar-se em si na vaga oceânica. De que adianta? Deixar de ser molusco para viver o centro duro de uma independência árida a enterrar-se na areia inatingível.

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