quinta-feira, 28 de agosto de 2008
consumo de professor
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
lástima matinal
Por que a fluência textual que ocorre na cama, antes de dormir, desaparece quando acordamos? Onde foi que os sonhos esconderam as mais certeiras palavras?
domingo, 24 de agosto de 2008
obrigação moral
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
com Barthes sem possibilidade de fuga
O fio não tem código, o traço codifica. O corpo-cérebro decodifica porque sua vida mesma criou nomes para tudo que aprende. Aprender o já aprendido é sobrecodificação. Descodificar aprendizagens é pesquisa educacional. Apesar de que pesquisar a educação seja muito mais do que simplesmente pensar textos.
O texto vem das pessoas e sempre acaba indo muito além da vida encarcerada nos limites dos corpos que ele cita, recita e incita. Sem o corpo, despessoalizado pela própria atividade tessitural que ler e escrever vidas cria, é impossível existir um texto.
Eterno retorno de expressões e palavras, o texto não apenas refaz o corpo como inventa a paisagem onde este corpo se desloca. E, como tudo na terra, dá voltas.
Fugir, só morrendo. Não há mais Terra sem essa casca textual.
Testar a morte é abolir as palavras.
Alguém consegue?
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
sintoma
terça-feira, 12 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
algo muito mais leve
Melhor esquecer quem nada nos dá. E abraçar fundo quem pega a pá enquanto se varre. Quem carrega os fardos para fazer o que precisamos levar. Juntos.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
serviço mal feito
submissão de todo patrão
revoltar-se tem sido mais que necessário
infelizmente aprendemos que é feio ser fascista
na armadilha do discurso liberal
um dono de si mesmo
faz o que lhe cabe
sem mandar
desobedece
bem
inventário de coisas novas
estojos que se abrem, armários empenados, bolsos que descosturam, coadores em que a rede se desprende da base, sofás que furam, saltos que quebram, iogurte sem fermentação, forros que vazam, borrachas que arrebentam, livros que se despedaçam, perfumes que mudam de odor, espelhos sem vedação, cadeiras que afrouxam, torneiras que emperram, bolsas que caem as alças, revestimentos que descascam, fechos que descarrilam, poltrona que solta tinta, pão do dia com mofo, sistemas de conexão que falham, tesouras que se partem, colchões que perdem densidade, porcelana que trinca, aparelhos com defeito, botões que não fecham, piranhas,
centenas de piranhas com dentes de plástico que não duram duas apertadas
às vezes o aborrecimento da reclamação ou troca dá mais prejuízo
do que o produto avariado
o que não estraga é quase sempre inacessível
poucos podem pagar o preço de não se incomodar
o ódio de quem consome cresce
ninguém sabe como esse pesadelo termina
sem tempo de nos preocuparmos
com isso
domingo, 3 de agosto de 2008
medicina dos espaços
Sem Hundertwasser esses termos não caberiam nas palavras que trago para expressar náusea pelo que andam fazendo com a paisagem. Salvo meu irmão, http://www.concepcaoarquitetura.blogspot.com, meu pai e seus colegas. Sem Arquitetura as composições aqui expressas em tela eletrônica não existiriam.