sexta-feira, 15 de agosto de 2008

sintoma

Não interessa saber quem é sádico, histérico, obscessivo, masoquista. Sintomatologias são produzidas, mas tudo o que se produz não cabe nos sintomas. Sintagmas engessam produções. Palavras de ordem são signos de poder. Ficar sem ter o que falar é dar espaço para potências. Potencializar o que se diz só é possível se calando. Jamais sob o jugo de comandos. Estes, quando contraditórios, paralisam. Comandar sem fazer nada é tirania. Mandar nos outros funciona para os que não se põem no lugar deles. Obedecer é um problema de quem respeita. Rebelar-se sem prudência é suicídio. Ninguém está impune. Uma derrota também é de quem venceu. A destruição pressupõe algo que cada um constrói para si. Arruinar-se não envolve só o tempo. Rajadas podem ter culpa. E necessariamente não precisam ser vindas do céu. Palavras arrasam. Vontades que não se dobram acabam sendo exercidas com crueldade. Fugir disso não garante nada. Conseguir graças engorda mitos. Identificar o que é Titã devorador e Dioniso estraçalhado não importa. O que sobra é coração.

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