Vim vestida para o espaço liso e fui barrada nos estriamentos do Campus da Saúde. Uma professora de tênis é suspeita, pronta para fazer ginástica pior ainda. “Só pode ir por fora”- disse o Guarda. Ao guardar o portão proíbe pedestres de atravessar uma Universidade que a priori é de todos e muito mais minha porque fui praticamente concebida nela, mas o tempo inteiro ela me ejeta, esteja eu a pé ou mesmo motorizada. Noutros dias no Campus Centro, acima dos mais doutos saltos na cápsula automóvel, empaco no fluxo trancado do trânsito que não transita e das vagas nunca vagas nas quais meu corpo deve sair carro e dele se despir com roupa para matar o desejo de ir e vir que esse modo de vida estanca.
Recusar o espaço sem perder o tempo de trabalhar ainda que obrigatoriamente expelida pela mesa que nunca consegui e pelas salas que necessariamente divido mas não tenho como me instalar. Ainda bem que recebo salário por esses enormes desconfortos.
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