sexta-feira, 7 de março de 2008

razão para o impensável

Ter emoções infantis é muito bom. Nada é sério, apesar de doer muito, pois tudo fica hiper-dimensionado. Como toda criança, prezamos o prazer ininterrupto que deleita todos os sentidos. Como qualquer mulher, esses prazeres estão ampliados a todas as concavidades que se tem no corpo. Como toda pessoa, as necessidades ditam comportamentos, principalmente os não-pensados. Sem estratégia não se vai a lugar algum. Ser espontâneo é típico do infantil apaixonado, que nunca chega na satisfação que o agir em trânsito promete. Sugar, largar, pegar. Mesmos instintos para atos de diversos significados.
Não pensar acontece quando estamos nos limites das forças mais brutas, sexuais e domésticas, e o corpo, cansado de esfregar e trabalhar para obter satisfação, não ajuda a mente a selecionar as melhores palavras. Porque, uma vez crianças, deixamos nos inundar. Sem visão para medir os riscos não nos preocupamos com a sujeira. Não respondemos pela ordem, pelo asseio geral e tampouco pela limpeza. Conosco, crianças incorrigíveis por volta dos quarenta anos, certa harmonia não se conquista.
Temer a infantilidade nossa de todo dia não adianta, só dormindo a criança nos deixa em paz. Silêncio desconhecido ao quase-velhos insones que não sabem o que tanto pula sem achar palavras que digam o que é.

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