quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

do seminário O Anticristo

professor deleuziano

Sem lugares demarcados, a anarquia não se coroa.

antiaulas

A escrita organiza. Discurso professoral é o modo mais usado para sistematização de conceitos. A conversa proliferante sem ordem espalha órgãos. Pode estar cheia de besteiras, a tal. Mas pulula num curso caótico de insígnias, insights, conceitos a serem delineados. Cria possibilidades em aberto dadas a todos que dela participam.

desaulas

não tem começo e nem fim. Os professores se escondem. O saco é esvaziado. Batuca-se; canta-se; rege-se; ri-se. Foge-se para fumar. Canções bobas são lembradas. Todos fingem sem se preocupar com isso. A professora insiste numa questão. Tudo foi preparado. Igrejas são discutidas. Conta-se o vivido. Sem temer opinar. Falando o já sabido. E a culpa, o sofrimento, tudo o que está por trás. Má consciência: começam a evocar conceitos. Como é difícil criar algum sem exigências! A chamada não é feita, não pede-se desligamento do que emite sons, não há cobranças, o texto é esquecido. Ninguém percebeu o medo. A descoberta só aconteceu na força-ação de barra, em pista ridícula incapaz de explorar a inconsistência de algo com deveras vago enunciar.

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