Magia: palavra com raiz indo-européia que deriva do grego magikós, adjetivo dado ao que enleva, afeiçoa e afeta, usado posteriormente no latim como magis, “mais, antes, preferencialmente”. Na Idade Média passa a designar as práticas e doutrinas dos “magos”, nome de origem persa para sacerdotes que detinham conhecimento dos números e de alfabetos. Ligada a saberes não decifrados para grande parte da população, essa concepção de magia fornece subsídio etimológico para “magistrado” e “magistério”, embora seu termo seja empregado para designar acontecimentos cujo curso e efeitos não estão previstos na ordem natural, modificam o que é esperado ou escapam à compreensão (no caso, dos povos europeus que disseminaram tal uso terminológico). Até o século XVIII, antes da definição enciclopédica que segmenta o conhecimento humano, arte, magia e ciência eram palavras usadas para um saber que, via o clero, entendia-se como Universal. No processo racionalizante da Era Moderna, o saber que tinha relação com cultos populares começa a ser empregado junto a palavra “magia”, que recebe o sentido de superstição “pouco ilustrada”, embora apareça como algo pertencente ao “campo da imaginação”, dentro do qual, segundo o diagrama de Diderot, inserem-se às Artes. Seguindo impulsos contrários aos preceitos doutos que elegem uma forma específica de saber nomeada então “ciência”, torna-se adjetivo capaz de exprimir as potências do sensível e de sensações inexplicadas que envolvem a fruição de obras.
Prestidigitação: habilidade de criar ilusões que fazem o espectador ver fenômenos naturalmente impossíveis, confundindo o olhar via dispositivos específicos para produção de truques, rapidez nos gestos, agilidade na ação e efeitos luminosos. Advém de “presteza dos dedos”, possivelmente aludindo à capacidade humana em modificar as coisas com as próprias mãos, de modo que o conceito de prestidigitação extrapola o truque do mágico para implicar transformações na paisagem natural e nos corpos que a habitam.
Prestidigitação: habilidade de criar ilusões que fazem o espectador ver fenômenos naturalmente impossíveis, confundindo o olhar via dispositivos específicos para produção de truques, rapidez nos gestos, agilidade na ação e efeitos luminosos. Advém de “presteza dos dedos”, possivelmente aludindo à capacidade humana em modificar as coisas com as próprias mãos, de modo que o conceito de prestidigitação extrapola o truque do mágico para implicar transformações na paisagem natural e nos corpos que a habitam.
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