Um casamento é um espetáculo social oneroso. Mas há casamentos por uso capeão que não custam nada além do tempo que se perde junto. Há casamentos loucos e sem aliança. Casamentos feitos na densidade dos acontecimentos que marcam dois corpos de uma só vez. Há casamentos que levam ao cartório somente por motivos estéticos como trocar um nome. Colocar o nome do marido pode ser o gosto por uma sonoridade, uma estratégia de inserção grupal, uma crença numerológica, uma fuga dos excessos do próprio sobrenome, uma equiparação com a prole, uma idiotice e muitas vezes um arrependimento. Ninguém escolheu levar o nome de um pai e nem mesmo o de uma mãe. Poucos escolhem seu próprio nome. Fácil é escolher com que se vai dividir a pia do banheiro, pelo menos por um tempo. Casamento, com ou sem cerimônia, é uma partilha, de nome ou não, quase integral.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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