O teatro acontece somente como desculpa. Encenamos o ato simplesmente porque queremos nos beijar. Amadores motivados por um só pretexto: excitar os sentidos antes de gozar. Manter o espetáculo é evitar ejaculações e toda a lassidão permitida por cordados encerramentos. Sexo é um ritual sem acordos, que não se fecha com améns. Nem mesmo com o sono. Vestida de Rainha, a mãe é a mulher que exige prazeres do homem nu, escravo dos desejos a serem saciados. Que ele lhe sirva licor, valoroso Ganimedes. E estenda-se no chão para ser seu tapete. Cadeira onde ela senta, banco onde se recosta, montaria onde encosta o púbis ardente que mais cedo ou mais tarde ele irá penetrar.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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