Caminhos, trilhas, trajetos, percursos a riscar um chão.
Para onde te levam, pés? Que bolhas e calos provocam?
Até onde vão, ó rodas? Para que percorrer suas breves e longas distâncias?
Se vais, aventureiro amado, que volte para meus olhos e para ainda me ter em teus braços, esses que vão junto mas continuam, em emoção, a me prender.
O que perguntas, boca que viaja? Quais línguas arriscas?
Em que desertos te calas?
Deserte, desde sempre, desde que para sempre traga as poeiras do teu sonho para a delícia indescritível dos nossos beijos.
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