segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

aventura

Caminhos, trilhas, trajetos, percursos a riscar um chão.

Para onde te levam, pés? Que bolhas e calos provocam?

Até onde vão, ó rodas? Para que percorrer suas breves e longas distâncias?

Se vais, aventureiro amado, que volte para meus olhos e para ainda me ter em teus braços, esses que vão junto mas continuam, em emoção, a me prender.

O que perguntas, boca que viaja? Quais línguas arriscas?

Em que desertos te calas?

Deserte, desde sempre, desde que para sempre traga as poeiras do teu sonho para a delícia indescritível dos nossos beijos.

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