sábado, 12 de janeiro de 2008

homem

Segura o pau. Nem que seja para atirá-lo no gato. Toda sua pele exala líquidos. Nas dobras, cheiro acre, mesmo disfarçado com o mais elaborado dos perfumes. Infesta narinas alheias. Absorve oxigênio. Expele gás carbônico. Corrompe atmosferas. Em sua boca, gosto de quem quer provar mais. Em seus intestinos, carne se processa. O que saí dele faz o ar mais definitivamente mais pesado. Quando toca um corpo, arrasa. Nem que seja no roçar de pêlos que nele nunca param de proliferar. Ele cansa. Ele vem porque sempre quer entrar. E sem ele, nada funciona como hoje é.

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