Sofrer pela feiúra arquitetônica das coisas é um mal que distingue as pessoas pelo gosto. Querer morrer porque o mundo está cada vez mais feio é doença que abate crias de urbanista. Tentar melhorar o que está feito é delírio de austríaco “pode crê”. No Brasil, só em finais de semana. É usar sucata e fazer sozinha o que europeu dispõe para cinco pedreiros. Pagos. Fazer o que quiser das portas e janelas é ir contra as convenções dos condomínios. Para convencer vizinhos os artistas apelam. Nem fazendo palestra de graça citando todos os exemplos do “primeiro mundo” muda a cabeça tosca quem tem beges tomados como bom tom. Quem teme cores mata aos poucos os que precisam variar sempre. O mundo parece que pertence a quem não ama os arco-íris de nossas cinco peles: derme, roupa, casa, cidade, planeta. De castanho já bastam os cabelos, de ocre, basta o corpo pútrido dentro do esquife. Tudo acaba mesmo em marrom. Melhor preservar a pureza do magenta e esquecer os milhões que ignoram o quanto é importante um arquiteto. Deus não importa, mesmo quando crêem que ele tenha projetado tudo o que estão a destruir.
Sem Hundertwasser esses termos não caberiam nas palavras que trago para expressar náusea pelo que andam fazendo com a paisagem. Salvo meu irmão, http://www.concepcaoarquitetura.blogspot.com, meu pai e seus colegas. Sem Arquitetura as composições aqui expressas em tela eletrônica não existiriam.
Sem Hundertwasser esses termos não caberiam nas palavras que trago para expressar náusea pelo que andam fazendo com a paisagem. Salvo meu irmão, http://www.concepcaoarquitetura.blogspot.com, meu pai e seus colegas. Sem Arquitetura as composições aqui expressas em tela eletrônica não existiriam.
Um comentário:
"beges tomados como bom tom"
repetitiva concomitância
dias atrás surgiu no meu caderno:
"mais que amarelos, são amarelinhos, daquela estirpe baixa próxima ao bege, palavra feia"
beijos
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