sábado, 4 de julho de 2009

gentilezas providenciais

Feito pela mão da fada, costurado no élan amoroso, elaborado com alto humor. São Miguel em sua cama de fogo. Coração perdido em sagrado espaço de criação, sempre a se reinventar. Pacote de surpresas, bolinhas a virarem outra coisa. E o remédio anti-dor, São Jorge, Santa Rita e Nossa Senhora das Dores, a dar riso no meio das lágrimas. Protegida pelos pequenos amuletos contra tudo o que nos arrasa na insanidade da falta de respostas e no vazio dos amores que se vão, perco as palavras e deito como feto para encontrar algo condizente a força de tão singelos trabalhos. Varredouro de tristezas vindo em dia certo, exatamente com a prova. E a apresentação frágil, a ser mostrada e remostrada em toda seminação pedagógica entre aqueles que querem expor as ironias do sistema. Com pessoas assim por perto os ímpetos suicidas são apaziguados. As rejeições ficam mais doces. O escárnio do mundo não nos atinge. As desconsiderações, simplesmente desconsideradas. E tudo o que nos apartamentos e nas sinapses se acumula, algo a se pensar. Pois todas as coisas que nos chegam às mãos algum amor carregam.


Para a doadora de tudo isso, Adriana Daccache, alunamiga professora que enquanto estiver no Instituto de Artes certamente garante com suas mandingas luminosas que tal prédio não desabará.

Nenhum comentário: