No torpe do que se comunica, deixa lacunas que são capazes de muito ferir. Ao machucar, cura. Quando cura, silencioso, exige superações. O que tem que ser superado obriga ao sacrifício. Sacrificar prazeres é matar a alma que pulsa no mais íntimo dos nós. O mais profundo ferve. A fervura mal deixa a sustentação dos ossos. O que resta, pedaços descarnados, fica ao abandono. No relento dos sentimentos a serem esquecidos, recebe os raios que deram a vida para as moléculas. Sob sol, sob a lua, um dia novamente escutará o chamado para tão grande dança. Na prática, apenas uma literária e agoniante espera a pulverizar seus incontroláveis males. Pois nunca passou de estrela distante, reles esperança de uma terra que nunca, nessa vida, seríamos capazes de cultivar. Para atravessar o portal e chegar onde tudo valorosamente frutifica e viceja, teria que abraçar o abismo para onde jamais foi capaz de levar a parte que dele, para sempre e com todo desespero, precisa fugir para onde jamais conseguirá ser encontrada.
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