Intacto baque taquicárdico. Ardente destaque ao sol. Tacadas que não fazem parte de nenhum jogo. Apenas vontade de movimento. Em abraços maiores que o contato, que em almas hiper cinestésicas faz as palavras voarem de qualquer jeito. Nada se fixa. Apenas a consciência de que os dias passam e os anos da vida aumentam. Sem saber se liberamos ou simplesmente esquecemos os amores, sem ter certeza de porquê alguns corpos ficam e outros não, sem nenhuma garantia de ainda ter mais uma rodada, sem a menor idéia de para que tudo isso seja, sem a menor graça senão a do abnegado encontro. Somente porque, possuídos pelos deuses, somos carregados ao toque forte de nossas paixões. Sem a suposição das horas e essa maior vontade de se colocar em trânsito, o dia brilharia menos.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
mais uma volta
Intacto baque taquicárdico. Ardente destaque ao sol. Tacadas que não fazem parte de nenhum jogo. Apenas vontade de movimento. Em abraços maiores que o contato, que em almas hiper cinestésicas faz as palavras voarem de qualquer jeito. Nada se fixa. Apenas a consciência de que os dias passam e os anos da vida aumentam. Sem saber se liberamos ou simplesmente esquecemos os amores, sem ter certeza de porquê alguns corpos ficam e outros não, sem nenhuma garantia de ainda ter mais uma rodada, sem a menor idéia de para que tudo isso seja, sem a menor graça senão a do abnegado encontro. Somente porque, possuídos pelos deuses, somos carregados ao toque forte de nossas paixões. Sem a suposição das horas e essa maior vontade de se colocar em trânsito, o dia brilharia menos.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Com Jean Baudrillard
quarta-feira, 25 de junho de 2008
REAL
Superar na distância
Cair
Sem amor
Além
Dessa vontade
libertadora
Das dores
Que a falta
Dos teus beijos
Provoca
Nesse corpo
ávido
pelo êxtase
que somente
teu gosto
tem
terça-feira, 24 de junho de 2008
O que pode um corpo?
Texto inspirado na mensagem de agradecimento de Daniela Coletti, em nome do pessoal do arranjo 2 das conversações pedagógicas da Rede Municipal de Ensino, na qual a célebre pergunta de Spinoza se compunha com O beijo de Klimt.
domingo, 22 de junho de 2008
Para fazer da vida obra de arte...
Trabalhar sete dias por semana. Nem Deus. Só esse corpo magisterial burocratizado doutoral maternal doméstico com todos seus inevitáveis erros e acúmulo de funções. Somente superando as limitações divinas, e fazendo das tarefas diversão, agüenta. Salvar-se da vida de Sísifo é consertar os furos e ter fé de que a cada instante os potes ficarão novamente cheios. Porque há multidões que ali vem saciar a sede e banhar-se na água acumulada. O que não dá é chorar quando alguém derrama a água que trabalhosamente neles foi colocada. Mandar buscarem sua própria água parece mais difícil do que encher o pote, que a maioria sedenta traz sempre quebrado e vazio, louca para culpar quem os tem cheio. Amar os Sísifos incorrigíveis é missão cristã. Encher os potes pelo prazer do gozo alheio é dionisismo disfarçado em caridade. Erotizar a labuta é o mínimo.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Orquidácea de namorados
Cartão em branco
Suprematismo minimalista despropositado. Silêncio gráfico. Real ausência de palavras.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Sacrifícios
“Não chegamos até nossas autênticas tarefas e nos dilaceramos no melhor tempo de nossa vida com essa excessiva atividade de ensinar”
Nietzsche, em 21 de janeiro de 1871.
(Cf: SAFRANSKI, 2005,p. 329).
terça-feira, 10 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
O extemporâneo da produção intelectual
O que verbalmente se desenvolve perde a graça quando vai se colocar na escrita. Já está dito e não há a menor alegria em reconstruir a dança do pensamento falado num texto. O que se escreve, quando vai ser dito, amortece o entusiasmo do discurso. O que é belo em grafia nem sempre soa bem falado. Apresentar construções com mais de uma semana perde o sentido, pois a cada dia vivido, o que foi pensado vai sendo revirado até virar outra coisa. Pensamento vivo não reconhece o passado, nem o futuro ou o presente. Fora do tempo, tem as palavras apenas para caber nele.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Comunidade rural
terça-feira, 3 de junho de 2008
Semiologia indiagnosticante
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Visita inevitável

domingo, 1 de junho de 2008
Bacillus
pútrea pústula purulenta pior porque priva
vida visão vindo
quando pobres pouco pegam pura paz
doente demente danificado
dolosa danação
peste aponta postas perdas para perene
primar pânico pérfido pequeno peão
pasmado porque passa
pena e prisão
pinga
pira
pós
e o
pé
cabe cômodo cordato
como cume chão
crivando costas
colocado curto
no ninho
caixão