O que verbalmente se desenvolve perde a graça quando vai se colocar na escrita. Já está dito e não há a menor alegria em reconstruir a dança do pensamento falado num texto. O que se escreve, quando vai ser dito, amortece o entusiasmo do discurso. O que é belo em grafia nem sempre soa bem falado. Apresentar construções com mais de uma semana perde o sentido, pois a cada dia vivido, o que foi pensado vai sendo revirado até virar outra coisa. Pensamento vivo não reconhece o passado, nem o futuro ou o presente. Fora do tempo, tem as palavras apenas para caber nele.
domingo, 8 de junho de 2008
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