sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

minimal barroco

Um ponto brilhante na pele. Só aparece quando em ângulo exato frente uma luz. Espelho para artrópodos de dimensões irrelevantes. Almoço vazio. Talheres nus. Nenhuma invencionice. Ainda que a popularização da cutelaria somente as Luzes fez possível. Comer sem tocar o alimento com as mãos, misturar especiarias de oito continentes. Descontar a trabalheira que todo serviço de mesa dá nos dejetos que a descarga manda embora. Na energia que a limpeza gasta. Para tudo ficar brilhando. Não mais purpurina grudada pelo suor da festa, mas prataria mundana solenemente enfileirada nos compartimentos que diferenciam garfos, facas, colheres a partir de todos tamanhos e funções.

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