sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

perspectivismo e demais absorções

1. Isso vem a ser o mesmo. O já sabido. Digerido. Qualquer interpretação não satisfaz. Queremos fruição. Gozo. Inquietação que faz pensar. Eternamente nos sacudindo com coisas muito mais duras que as palavras usadas na elaboração de um conceito. Rebater teses não é criar. Outra perspectiva é somente mudança de foco. Reposicionamento. Interessa é a viagem empreendida para ir até o lugar onde veremos o nosso pelo avesso. Sem a ilusão de que as incursões até nossos pontos nos mostrem algo melhor. Mudando somente porque a paisagem sempre do mesmo lugar cansa.

2. Não se trata de culpar ou inocentar o homem. Apenas aceitar que da porra emitida por ele viemos. Com Deus, sem deus, no deleite das mil forças em jogo com todos tipos de deidades. Santas e profanas. Com suas reviravoltas nada científicas. Danças que não se encontram nas explicações. Pouco filosófico, o movimento foge de um interpretante doutrinário. Da vida, fica-se sem compreensão. Nela apenas criamos: as dores impingidas aos corpos e as árduas tarefas que a terra exige. Uma vez sendo humano, tende a ocultar cadáveres. Para que não apodrecem sob os olhos. De modo a ninguém poder dizer que a podridão é do mal.

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