terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

sem prisões

Deixar de amar é impossível. Deixar de querer é fácil. Não queremos nada que perturbe. Se um amor perturba, mais do que não o querer, amamos a perturbação que o amado nos traz. Os amores se desgastam na medida em que deixam de perturbar aquilo que julgamos querer. Não quereríamos amar, salvo se amassemos perturbações. Gastos, amores afirmam sua força na reiteração de um quase esquecido querer. Não querer mais um amor é exauri-se de amar por não ser mais querido. Deixa-se de querer porque o amor não mais voa.

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